Naquele finzinho de tarde (que já seria noite nos dias em que não há mais horário de verão), o clima, de algum modo, a incomodava. No ipod, The Corrs. A atmosfera daquela estação sempre proporcionava a ela ver a sua volta como um videoclipe. Não só aquele lugar proporcionava aquela sensação, mas esse em especial.
E no meio de todas aquelas pessoas - umas muito bem vestidas e ouras maltrapilhas - ela não parava de pensar, nem um minuto, um segundo sequer. Coincidentemente, não sabe também como isso começou. Desconfia que fora na oitava série, quando ouviu idoser e sua cabeça se tornou um turbilhão. Mas isso não vem ao caso. Pensar sobre a vida se tornou uma constante em sua cabeça.
Mais do que pensar sobre a vida, essa garota pensa e tem medo do futuro, medo esse que ultrapassa alguns limites. Sabe que não deve e não tem motivos pra ter medo, porém simplesmente não consegue ser de outro jeito.
Sempre fora poupada de sofrimento e dor por todos, não sabia o porquê. Gostaria de saber. O pior de tudo é que internamente nunca se poupou dessas situações desagradáveis e de toda culpa.
Ela não cansa de ouvir sobre o quanto cresceu de parentes e amigos distantes, mas no fundo é uma miniatura. É assim que se vê. Quem sabe daqui alguns dias essa mania de adicionar um quê de sentimentalismo a tudo não se amenize.
É melhor viver a vida do que pensar sobre como vivê-la.

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