sábado, 2 de outubro de 2010

Atlantic

São Paulo, ano de 2010. Numa tarde que já quase se torna noite, os milhares de folhetos de propagandas eleitorais jogados pela rua somados a outros tipos de lixo constroem uma poluição visual. A poluição sonora fica por conta dos ambulantes e transeuntes. No meio de todos eles, eu e as nuvens escuras que vem me acompanhando há um tempo. Elas têm feito chover.

Minha rotina tem me cansado bastante. Mas é mais um cansaço mental do que físico. Minha sala de aula, minha escola, o cursinho, os professores, as matérias, o vestibular, o metrô, o calor, a marmita que eu levo e a vida que eu levo sublimam e formam essas nuvens densas que se posicionam exatamente sobre a minha cabeça. São difíceis de aguentar.

Vem o fim de semana, o Sol aparece um pouco e elas vão ficando um pouco mais leves, mas logo vão ficando pesadas e escuras de novo, com a chegada da segunda feira e todas as obrigações.

Toma conta de mim um sentimento meio árcade de fugere urbem. Um desejo de viajar, esquecer um pouco de tudo, "fugir da cidade" pra tentar conseguir, nem que por um instante, minha peace of mind.



"I need a place where I can make my bed
A lover's lap where I can lay my head
'Cause now the room is spinning

The day's beginning"

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