quarta-feira, 14 de outubro de 2009

#1 - Sobre como as coisas mudam

O sono me consome.


Eu nunca tive muita história pra contar. Minha vida nunca foi digna de um livro, ou de um filme. Nunca fui exemplo pra nada. Sempre fugi de tudo e as minhas histórias geralmente aconteciam dentro da minha cabeça. Meus problemas sempre foram mais internos do que externos e, por muito tempo, eu achei que eu precisava de um psicólogo, um analista, um terapeuta. Acho que eu preciso mesmo.

É bem engraçado como as coisas seguem seu rumo natural. Você muda e nem percebe, deixa pra trás muita coisa que antes parecia essencial e agora já não faz nem diferença. Certas vezes eu acho que só eu sinto falta das coisas que antes eram essenciais. Pensar sobre isso me deixa mal. Claro que pra todos essas mudanças sempre têm um lado bom, eu não fujo à regra. Aliás, os momentos bons são a maior parte da minha vida atualmente; os ruins só existem de fato porque eu não paro de pensar sobre tudo, o tempo todo.

E, ao fim de tudo isso, eu continuo sendo a mesma de dois, três anos atrás, com uma meia dúzia de mudanças superficiais. Mudou apenas o cenário, a circunstância e a intensidade com que eu sinto isso. Hoje sou capaz de sentir mais, e não sei até que ponto isso pode ser bom, ou até mesmo, saudável. Eu pensava sobre as mesmas coisas, da mesma forma, com o mesmo negativismo perene que sempre andou de mãos dadas com minha alegria que distrai a maioria.

Ah, a vida...















De repente, eu tive vontade de escrever

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